Eu: "Não gosto que me perguntes isso!"
Ele: "Se me amas?"
Eu: "Sim!"
Ele: "Porquê se eu sinto o mesmo?"
Porque sou uma completa idiota, e uma covarde que não fui capaz de enfrentar os meus medos e de parar de inventar desculpas na minha cabeça. Porque fui uma tonta por pensar que não era o melhor caminho, que era demais para mim e que por isso não poderia ser verdadeiro. De maneira nenhuma. Sei que já disse isto milhares de vezes. E também sei que depois deste tempo todo já nem sequer te deves lembrar que eu existo. Mudaste tanto. Mudámos tanto. E sempre que te vejo, lá ao longe, mesmo sabendo que nem sequer deste pela minha presença, eu lembro-me sempre de nós. Do tempo em que ficávamos até de madrugada a falar ao telemóvel em tom de sussurro para a minha mãe não ouvir, e que dizias que estavas do outro lado agarrado à almofada, de olhos fechados a imaginar que era eu. Da altura em que eu te culpei pela minha nota desprezível no teste de português, por ter ido para lá a dormir depois de ter ficado a noite toda a falar contigo. Do tempo em que demorávamos uma hora para desligar o telemóvel, porque nenhum de nós queria desligar primeiro. De quando ficavas amuado e completamente impossível quando o Porto perdia. Do tempo em que o teu fundo do computador ainda era eu. Da primeira vez que disse que te amava, foi por engano, mas foi a coisa mais sincera que me saiu desde que me lembro. E também foi a única vez que o disse. Desculpa. Eu sinto mesmo a tua falta ,"meu amor".
Broken Angel
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